sábado, 26 de abril de 2008

Conhecer é bem diferente de aprender a manejar

O conhecimento pode ser obtido por qualquer um que se interesse. Basta ingressar numa Universidade, ou então estudar nas Universidades Corporativas mantidas pelas empresas. Mas é preciso refletir: o que elas estão transmitindo? Como esse conteúdo está sendo ensinado? Vale a pena tanto esforço?

Então, qual o verdadeiro papel da Universidade? E no que a Universidade Corporativa deve se diferenciar dela? Qual o limite entre ciência e negócios? Essa tensão é muito antiga, e acentuou-se na época da Revolução Industrial. Se por um lado a Universidade vive esta dicotomia, a Universidade Corporativa tem essa equação resolvida na medida em que se identifica educação como um negócio: ela se subordina e serve os interesses do capital. É a tal da cultura corporativa, cujo objetivo maior é formar os trabalhadores dentro dos princípios e valores de uma organização.

Ocorre que, pelo fato da educação vir sendo assim conduzida, o conhecimento virou um fator de produção, e uma mercadoria que se adquire. Na verdade, mais um fator de produção numa lista extensa. Por isso é que a expressão “aquisição do conhecimento” se transformou em expressão corriqueira. E o resultado é que, no final do(s) curso(s), as pessoas não sabem manejar com suas próprias mãos o que lá aprenderam, não conseguem pensar, tirar suas próprias deduções, nem mesmo inovarem-se a partir daquela experiência de aprendizagem. E se transformam literalmente em meros porta-vozes daqueles ensinamentos. E assim, a maioria dessas pessoas, com a competência recém-adquirida, estão hoje apenas reproduzindo o discurso político da empresa, sem qualquer traço de pensamento crítico.

Como reverter esse quadro? Quem nos ajuda a pensar é o filósofo Edgar Morin, ao afirmar que a educação disciplinar do mundo desenvolvido, por priorizar a questão da quantidade em vez da qualidade, traz conhecimento, sim, mas gera nesses aspirantes ao conhecimento uma incapacidade intelectual de reconhecer os problemas fundamentais e globais. A tal da visão aberta, mais ampla, tão importante numa formação mais humanística.

Esse estudioso da aprendizagem faz um alerta que não podemos – muito menos devemos - deixar de registrar: essa extremada e irracional valorização da quantidade tende, lamentavelmente, a compartimentalizar de tal forma o conhecimento, que leva a um estado de subdesenvolvimento moral e psíquico. E, pior, acaba estimulando e exacerbando o individualismo e o espírito do lucro que, juntos, geram a perda da solidariedade.

Anísio Teixeira, primeiro Reitor da Universidade do Distrito Federal, diz: “A função de uma Universidade é única e exclusiva. Não se trata somente de difundir o conhecimento , não se trata somente, de preparar profissionais. Trata-se formular intelectualmente a experiência humana, sempre renovada, para que a mesma se torne consciente e progressiva. A Universidade é, em essência, a reunião entre os que sabem com os que desejam aprender”. Mas, constata esse professor, infelizmente, nesse processo, a universidade acabou subordinando-se às normas do mercado, passando a instrumentalizar pessoas para determinadas tarefas ao invés de formar indivíduos.

Aprofundando a reflexão, vemos que Chomsky afirma que a dicotomia entre competência e performance é uma diferença conceitual que não se pode questionar. Traduzindo, existe uma diferença entre o que você sabe e o que você faz. E elas não são a mesma coisa. O que você faz depende do que você sabe. A competência é justamente o que você sabe. A performance é o que você faz com isso .
A noção de competência no mundo do trabalho se situa entre os saberes e habilidades concretas. A competência é inseparável da ação, mas também exige conhecimento.


Por isso, a Universidade deve retomar a questão de sua função social na tensão da cultura e da profissionalização. E, nós, profissionais que lidamos com o Desenvolvimento de Pessoas dentro das Organizações não podemos deixar de insistir em encontrar o equilíbrio entre a formação técnico/ profissional e a formação humanista/cultural.


foto - Universidade Harvard é uma das instituições educacionais mais prestigiadas do mundo, bem como a instituiçãode ensinosuperior mais antiga dos Estados Unidos. Eleita a melhor universidade do mundo. Fundada em 8 de setembro de 1636 em Cambridge ,Massachussets.Foi batizada em 13 de março de 1639 como Harvard College, em homenagem a John Harvard , um dos seus principais mecenas. A primeira vez na qual se mencionou a instituição como universidade foi em 1.780.( wikipedia )

sábado, 12 de abril de 2008

Liderança Feminina

O Mito de Eva é o mito da transgressão
Para conhecer é preciso transgredir. Ultrapassar as fronteiras do conhecido .
Do ponto de vista do mito, a ação de conhecer é feminina e trangressora na medida em Eva ofereceu a maçã a Adão.
“ As mulheres vão dominar o mercado de trabalho no futuro”.“Elas são craques em fazer um monte de coisas ao mesmo tempo”. Tom Peters

Esta seleção de 100 perfis revela o quanto as mulheres fizeram para moldar a história. O escritor Rolka aborda os problemas enfrentados pelas mulheres e suas conquistas.Este livro não fala apenas de rainhas ou princesas, ele inclui mulheres menos prestigiadas que fizeram grandes modificações, como Tarsila do Amaral, Anita Garibaldi, Cecília Meireles, Chiquinha Gonzaga, Joana d´Arc, Maria Quitéria, Maria Montessori, Rosa Luxemburgo, Marie Curie, Agatha Christie, Rachel de Queiroz, Frida Kahlo, Madre Teresa, Irmã Dulce , Evita Perón, Anne Frank, Toni Morrison e outras.Começando com a rainha Makare Hatshepsut (c-1503-1468 b.c) e finalizando com Rigoberta Menchu.

As mulheres representam hoje :
40 % força de trabalho
24% em posições de liderança
300% de aumento da participação feminina na última década

A Questão da Complexidade é Complexa!

O que é Complexidade ?
Esta questão havia sido colocadada ás crianças numa escola .
A resposta da aluna :
"Complexidade é uma complexidade que é Complexa ! "
Complexidade não é teórico e sim um fato da vida.

É este saber que Edgard Morin nos ensina em sua vasta bibliografia e de maneira muito simples.

Complexidade é a escola filosófica que vê o mundo como um todo indissociável e propõe uma abordagem multidisciplinar para a construção do conhecimento. Contrapõe-se à causalidade por abordar os fenômenos como totalidade orgânica.

A Educação no Século XXI

O "Relatório Jacques Delors”, resultado de trabalhos desenvolvidos de 1993 a 1996 pela Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI, da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), obteve a colaboração de educadores do mundo inteiro.Este relatório analisa as mudanças decorrentes da globalização ,bem como os avanços tecnológicos que ela produz .
A UNESCO referendou as principais características do trabalhador do século XXI.Este material está publicado no Brasil sob o título de "Educação – Um tesouro a descobrir" (2000).
De acordo com o Delors, a educação necessária ao século que se inicia poderia ser sintetizada em um de seus parágrafos:
Para poder dar respostas ao conjunto de suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. É claro que estas quatro vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta”.
Os Quatro Pilares da Educação para este novo século, pesquisados pela UNESCO, nos levam a uma reflexão sobre a necessidade de trabalharmos valores e competências no profissional , para que ele aprenda durante toda a vida


Jacques Delors dedicado à economia e às finanças, entrou em 1974 para o Partido Socialista Francês (PS), consolidando o perfil de porta-voz para as questões econômicas de François Mitterrand. Foi presidente da Comissão da CE em Bruxelas de 1985 a 1995 .Preparou o Tratado de Maastricht para a união política da Europa (1992. Apoiou Mitterrand e lo chanceler alemão Helmut Kohl, geriu a construção do mercado livre interno (1992-1993) e a transformação da CEE em União Européia (UE).

Professora Maria Cristina foi minha Mestra e Orientadora na disciplina Novas Tendências Organizacionais
"Só me interessa estudar o conhecimento que tenha valor de troca e valor de uso. Conhecimento tem que promover a produtividade e estar á serviço da produção ."

Visão pragmática da grande docente e economista

Peter Drucker - O Mestre dos Mestres


De que adianta investir uma fortuna para trazer o centro da cidade
corpos pesando 80 quilos,se o que vocês querem são os cérebros deles,
que pesam 3,8 quilos ?

Peter Ferdinand Drucker, falecido aos 95 anos, em Novembro de 2005, foi um homem de sete ofícios: economista, analista financeiro, jornalista, conferencista, consultor, autor e professor.
Em todas estas profissões, viveu sempre de modo simples, sem secretária, batendo as próprias cartas numa máquina de escrever.
O maior legado de Drucker está, porém, na sua capacidade de interpretar o presente e de perceber as suas implicações para o futuro.
Drucker tinha a capacidade de vislumbrar as tendências que irão produzir mudanças na sociedade, na economia e nas empresas.

Foi o primeiro a alertar que os trabalhadores são os donos do ativo (o conhecimento) mais precioso da sociedade atual que ele apelidou de “pós-capitalista”.
Acima de tudo, tornou a Gestão uma disciplina séria e respeitada, e acessível a milhões de pessoas , com a sua proverbial modéstia, recusava o título de ‘pai’ do Management .

SMALL IS BEAUTIFUL

Grande professor ,um grande livro e um grande ensinamento sobre o enfoque sobre o "pequeno ". Ladislau aponta neste livro 5 grandes eixos de mudança em curso na sociedade : a revolução tecnológica, globalização,polarização entre ricos e pobres, urbanização generalizada do planeta e transformação das relações e organizações do trabalho ( as empresas ) .
Pontua a necessidade do cidadão resgatar sua dimensão política na força do cotidiano. Agir com modéstia e simplicidade . Os caminhos apontam para uma sociedade mais humana, solidária , menos espoliadora dos poucos recursos naturais planetários.
O eixo cidadania desponta como uma possibilidade a qualquer pessoa agir buscando o bem público e o desafio reside na construção de projetos políticos regionais ou locais face ao vale-tudo liberal global .


Meu mestre no Mestrado em Administração da PUC na disciplina -Gestão de Políticas Sociais-1.sem./2002

Educação Corporativa no Brasil

Em seu livro, Educação Corporativa no Brasil, Marisa desmistifica alguns conceitos e aponta caminhos para o desenvolvimento de Universidades Corporativas.Alicerça sua vasta experiência através de casos elaborados à partir de uma pesquisa feita com 24 organizações que implantaram projetos de educação corporativa .Foram pesquisadas empresas pertecentes a diversos setores produtivos, dentre as quais: Visa do Brasil, Banco Real ABN AMRO,Amil,Carrefour, Sadia,Volkswagen, Natura, Bank Boston, Elektro e Banco do Brasil . O livro propõe um referencial teórico que contempla 7 princípios de sucesso para implantação de sistemas de educação corporativa .
São eles : Competitividade, Perpetuidade,Conectividade,Disponibilidade, Cidadania, Parceria e Sustentabilidade .




Á professora ,competente, dedicada, amiga e carinhosa que ensinou tudo o que sei e realizei em Universidades Corporativas ,o meu agradecimento .